Parabéns aos colegas REVISORES: dia 28 de março
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Quem mexeu no meu texto?! Parabéns aos meus caros colegas, revisores de textos!
Vocês sabiam que revisor de
textos também tem uma data comemorativa. Pois é, hoje, 28 de março, é o nosso
dia! Passado mais um ano de árduo trabalho de ler, de reler e de reler,
finalmente chegou mais um Dia do Revisor.
Foi durante a faculdade de
Letras que começou a nascer a semente do meu sonho em me tornar uma revisora de
textos, pois, lá, descobri que gosto de corrigir textos e também de estudar
profundamente a língua portuguesa.
No Brasil, segundo o
Ministério do Trabalho e Emprego, até 2007, contávamos com mais de 8.000
profissionais na área de revisor de textos, segundo o levantamento da Relação
Anual de Informações Sociais da Pasta (Rais).
Não sei se este número é
pequeno ou não, mas acredito que ele está bem distribuído em todo o terrítório
nacional. Então, parabéns aos mais de 8.000 profissionais revisores de textos
espalhados pelo Brasil. Para comemorar, nada melhor que um texto que descreve
bem o nosso trabalho, redigido pelo escritor Gabriel Perissé.
Oços do ofíssio.”
Quem
mexeu no meu texto?!
“Tal como o goleiro no futebol, o revisor,
na editora, é aquele que evita o pior (o gol adversário, o erro de digitação, a
escorregada gramatical, a incoerência que ninguém percebeu etc.).
No entanto, é também o revisor quem mais
sofre com as derrotas de um texto. Ele é o último homem (ou a última mulher) a
ler o livro antes da fase de impressão gráfica, quando não há retorno…
Monteiro Lobato dizia que a tarefa do
revisor era das mais ingratas. Que o erro ou a falha se escondiam durante o
processo de confecção do livro para, depois de tudo pronto, aparecer na
primeira página aberta, como um saci danado, pulando, debochando do revisor.
O revisor é um caçador de distrações. Uma
de suas maiores alegrias (em que há uma pitada de vaidade) é encontrar deslizes
do autor, perceber as gralhas que ninguém viu antes, corrigir detalhes que iam
passar despercebidos.
O revisor revisa com amor.
O revisor sai de manhã, caneta em punho,
em busca de verbos mal conjugados e vírgulas fugitivas.
O revisor revisa com dor.
O revisor chega em casa, à noite, com o
coração cheio de parágrafos amputados e tópicos frasais remendados.
O revisor revisa com ardor.
O revisor enfrenta moinhos de vento que de
fato moem o vento de palavras que o vento não leva.
Madrugadas insones, manhãs e tardes
quentes, noites chuvosas, o revisor vai pulando as linhas e entrelinhas do
texto em busca das ciladas armadas sabe Deus por quem.
O revisor entrega o seu trabalho bem suado
e abençoado. Recebe as moedas de prata que são, na verdade, moedas de ouro.
Recolhe seus instrumentos de caça, enxuga o rosto, sorri. Sabendo que o autor
poderá reclamar de suas intervenções, que poderá referir-se ao revisor,
gritando: quem mexeu no meu texto?!
O mérito da frase perfeita é do autor.
O crime do erro cometido será do revisor.
O revisor, porém, não se considera um
injustiçado. O revisor vitimista abandonou a profissão no primeiro dia. O
verdadeiro revisor, como o goleiro no futebol, sabe que nasceu para ficar ali,
na pior posição de todas, para agarrar centenas de bolas difíceis e, talvez,
deixar passar a mais fácil de todas.
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Se precisar entre em contato por: revisora_janice@gmail.com