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Mostrando postagens de abril 24, 2011

ESAÚ E JACÓ: DISCURSO, POLIFONIA E DIALÉTICA

ESAÚ E JACÓ: DISCURSO, POLIFONIA E DIALÉTICA O link mencionado como introdução é o ensaio publicado originalmente na página da revista** citada abaixo. Janice Mansur* RESUMO: Neste trabalho, vamos analisar o narrador e as personagens machadianas a fim de observar o movimento dialético que perpassa toda obra, percebendo, ainda, as nuances em que a duplicidade e a multiplicidade de vozes se imbricam no romance Esaú e Jacó. Assim, trabalhando com análise do discurso de Mikhail Bahktin e seus conceitos de polifonia e dialogismo, exploraremos, principalmente, a plasticidade estética na criação desta obra-prima do Bruxo do Cosme Velho, no que ele nos traz de mais atual. PALAVRAS-CHAVE: Polifonia. Análise do Discurso. Machado de Assis. ABSTRACT: This work aims to analyze the narrator and typical characters of Machado de Assis in order to observe the dialectic movement that is present in his whole work, noticing how duplicity and multiplicity of voices are interconnected in the roma

Introdução

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Luluzinhas ou Bolinhas?

  Às vezes, chego à conclusão de que nós, homens e mulheres, somos muito parecidos. Não quero com essa afirmação generalizar, pois, em contrapartida, sabemos que somos pessoas bastante diferentes dependendo de questões biológicas, educacionais, psíquicas, culturais, etc. Entretanto, deveríamos entender também que não somos compostos por dois blocos sólidos e distintos: Luluzinhas ou Bolinhas, aos quais algumas teorias tentam nos reduzir. Quando falo de Luluzinhas ou Bolinhas, estou aqui me recordando da história em quadrinhos (gibi) que trazia “clubes” separados em meninas e meninos. Você se lembra do “clube da Luluzinha” e do “clube do Bolinha”? Pois é, nessas circunstâncias, os seres são antagônicos e disputam por territórios, defendem suas preferências e se mostram adversos uns para com os outros. Não há respeito pelas diferenças e decisões particulares, as vontades são coletivas, apesar de todos fazerem o que “o cabeça” do grupo decidiu, sem pesar ou medir consequências. Não há u