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Mostrando postagens de 2015

Revisor de texto precisa fazer curso de letras?

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Muita gente me faz diversas perguntas sobre a minha atividade de revisão de texto. Uma delas é se é preciso  cursar letras para ser revisor de texto. Eu respondo que não. Na verdade, o curso de letras forma para a sala de aula ou para a pesquisa (licenciatura ou bacharelado). Para quem quer se profissionalizar, existem cursos no Brasil de revisão de texto. E para ser revisor de texto deve-se saber gramática?  Sim, mas não é só isso. Para ser um bom revisor de texto, primeiramente é necessário gostar de ler e ler bons textos – literários ou não. Escrever também é preciso. Escrever, ler, reler e revisar criticamente o próprio texto. Esse é apenas o começo. Nessa revisão, virão diversas dúvidas, que obviamente nos levarão a consultar boas gramáticas e sites confiáveis, como Português na Rede. Os bons profissionais agem assim. Outra dica é respeitar o que a pessoa escreveu. Sim, revisar um texto não é modificá-lo a bel-prazer, pois nem tudo é possível na revisão. O gra

ERROS do HOUAISS - Davi Miranda

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Uso de conjunções alternativas: ou...ou; seja... seja; quer... quer No verbete  termeletricidade , temos  a acepção 2  assim apresentada: Geração de energia elétrica em usinas que utilizam algum tipo de combustível,  seja  do tipo convencional ou  nuclear. Aqui rolou mais um vacilo. Apesar de ser muito usual, na língua escrita culta, a combinação de diferentes conjunções coordenativas alternativas  ( ou ,  quer ,  seja )  em pares, como apresentada no verbete supracitado, a norma-padrão não permite tal mistura. Os pares devem sempre trazer os elementos repetidos:  seja... seja  e  quer... quer,  nunca substituindo o segundo elemento por  ou  (conforme prescrevem Bechara, Cegalla, Napoleão, Sacconi etc.).  O próprio Houaiss demonstra o uso correto, no verbete  seja , descrevendo a palavra como  conjunção  que serve para ligar palavras ou orações, indicando ênfase antes de cada termo ou frase da alternativa; ou, quer Ex.:  Seja  hoje,  seja   amanhã,

Marmitex - por Telma Iara Mazzocato

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SEGUNDA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2013 Marmitex Palavra que está espalhada por muitos lugares (pelo menos no Estado de São Paulo), mas não consta em algumas importantes obras de consulta da língua portuguesa no Brasil. Volp, Houaiss on-line e Michaelis on-line desconhecem. O iDicionário Aulete registra assim: http://aulete.uol.com.br/marmitex a2g2n =  adjetivo de dois gêneros e de dois números (sua forma vale tanto para feminino quanto para masculino e tanto para singular quanto para plural – não varia) sm2n =  substantivo masculino de dois números (não varia em número: igual para singular e para plural) Exemplos: O pote marmitex tem boa vedação e não deixa vazar o molho. O marmitex grande custa R$ 12,00. Ele entregará os marmitex ao meio-dia e meia.

Parabéns aos colegas REVISORES: dia 28 de março

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Quem mexeu no meu texto?! Parabéns aos meus caros colegas, revisores de textos! Texto de Marcia Moreira (Conciso & Coeso) Vocês sabiam que revisor de textos também tem uma data comemorativa. Pois é, hoje, 28 de março, é o nosso dia! Passado mais um ano de árduo trabalho de ler, de reler e de reler, finalmente chegou mais um Dia do Revisor. Foi durante a faculdade de Letras que começou a nascer a semente do meu sonho em me tornar uma revisora de textos, pois, lá, descobri que gosto de corrigir textos e também de estudar profundamente a língua portuguesa. No Brasil, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, até 2007, contávamos com mais de 8.000 profissionais na área de revisor de textos, segundo o levantamento da Relação Anual de Informações Sociais da Pasta (Rais). Não sei se este número é pequeno ou não, mas acredito que ele está bem distribuído em todo o terrítório nacional. Então, parabéns aos mais de 8.000 profissionais revisores de textos espalhad

Antigo texto de Artur da Távola - ERROS

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Texto de Artur da Távola: Meus artigos de anteontem e ontem vieram de telex, enviados da Bahia. No de Gal Costa, [...] para não repetir a palavra Gal, Gal, Gal, fui colocando assim: “a prima de Marina”, “a sobrinha de Tia Vivi” etc. Tudo bem, tudo certo, são seres reais, da família da cantora, pessoas adoráveis a quem quis homenagear. Mas eis que ao me referir a uma figura formidável, a da mãe da cantora, eu coloquei a “filha da Mariá”. Mariá, com acento agudo no a final, pois assim é chamada a doce mãe de Gal. Mas um texto que vem por telex passa por vários operadores: o do dito telex, o do copidesque, o de quem compõe a matéria, e nessas andanças todas, o acentozinho de Mariá caiu. Gal saiu como “filha de Maria”, tradicional organização católica cheia de méritos, mas à qual propriamente a cantora não pertence. O mais divertido, porém, é que o “filha de Maria” saiu numa frase em que eu falava da sensualidade da cantora. Deu um melê completo. A frase saiu assim: “Nessas de

POESIA A grade

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A grade sorria para ela, mas ela só via o verde do lado de fora da janela. O verde lhe caia dentro como chuva de tardezinha e orvalho suave da noite. A grade dormia esquecida de sua utilidade.                                                Poesia: Janice mansur                                                Foto: Jhê Delacroix