Poesia de um gênio: Calma aí
Primeiro as coisas primeiras:
Corações quebrados não colam assim,
E cachaça nunca foi superbonder.
Quando muito, você aprenderá
Que pode sobreviver dos cacos,
E talvez – eu disse talvez
Consiga regenerar um novo coração
A partir de um desses cacos,
Como se fosse um rabo de lagartixa,
Ou um braço de vampiro.
Você tem que parar com essa mania feia
De achar que as coisas vão dar certo.
Não vão. Sequer as coisas vão dar,
E não dá mais para você pensar
Que o mundo é um lugar perfeito.
Está mais do que na hora
De tirar os óculos cor-de-rosa
E se afundar no mundo cinza
Que você ajudou a construir,
Chafurdar nos pântanos do Senhor.
Um dia – um dia qualquer, quem sabe
Um estranho vai aparecer na tua mesa
E perguntar se você tem fogo,
Ou se sabe dançar,
Ou perguntar que bicho deu hoje, sei lá,
E você vai entender
Que vida é fluxo, movimento,
E que o rio tem que correr pro mar
Senão vira água empoçada e valão.
E só aí você vai ser feliz.
Ponho esta poesia aqui com a autorização de meu amigo poeta
extraída de seu blog.
Rodrigo
Uia! O "gênio" fica por conta de tua delicadeza... Sou apenas um operário da palavra.
ResponderExcluirObrigado pelo carinho... Evoé!
Nem naum, tu é um cabra bão...bjs.
ExcluirObrigada, meu caro.
ResponderExcluirSeu site também é muito interessante.
Boa sorte!
Abraços.