Luluzinhas ou Bolinhas?
Às vezes, chego à conclusão de que nós, homens e mulheres, somos muito parecidos. Não quero com essa afirmação generalizar, pois, em contrapartida, sabemos que somos pessoas bastante diferentes dependendo de questões biológicas, educacionais, psíquicas, culturais, etc. Entretanto, deveríamos entender também que não somos compostos por dois blocos sólidos e distintos: Luluzinhas ou Bolinhas, aos quais algumas teorias tentam nos reduzir.
Quando falo de Luluzinhas ou Bolinhas, estou aqui me recordando da história em quadrinhos (gibi) que trazia “clubes” separados em meninas e meninos. Você se lembra do “clube da Luluzinha” e do “clube do Bolinha”? Pois é, nessas circunstâncias, os seres são antagônicos e disputam por territórios, defendem suas preferências e se mostram adversos uns para com os outros. Não há respeito pelas diferenças e decisões particulares, as vontades são coletivas, apesar de todos fazerem o que “o cabeça” do grupo decidiu, sem pesar ou medir consequências. Não há um consenso, há uma imposição.
Porém, havemos de reconhecer que nem sempre as pessoas se veem, se pensam ou se comportam dessa forma. Pessoas amadurecidas e aprimoradas pela vida e pelo Amor conseguem pensar e agir de maneira diferenciada. Até porque se sabem seres humanos passíveis de erros e falhas. Então, são mais compreensivas e complacentes com o outro, nosso próximo, e mais abertas ao diálogo e a tomadas de decisões efetivamente democráticas, ou seja, aquelas pelas quais haja uma distribuição equitativa dos poderes e nas quais as resoluções sejam tomadas pela maioria.
A inexperiência e a infantilidade levam uma pessoa ao extremo do egoísmo, ao amor-próprio nada saudável e à impressão de que, sabendo de tudo, ela é a “dona da verdade”. Preconceitos são o pior flagelo da humanidade e as pessoas que se desviam pela estrada dos conceitos pouco fundamentados não deixam de ser as inexperientes e infantis, que julgam pelas aparências e veem tudo pela superficialidade. Sem reflexão aprofundada dos fatos e/ou versões, acharemos sempre que ou somos todos iguais, gerando aquelas frases feitas (imagens desgastadas), proferidas “à queima-roupa”: “Homem é tudo igual!”, “Mãe, só muda de endereço”, etc.; ou que somos totalmente diferentes a ponto de não nos olharmos mais com compaixão e ternura e perdermos a vontade de nos consorciar e fazer o bem.
Algum dia, espero, chegaremos à maturidade ideal (se é que ela existe) e à compreensão real de que não somos Luluzinhas ou Bolinhas, mas mulheres e homens capazes de se enxergar na complexa dimensão do ser, com tudo o que somos e não somos ao mesmo tempo, com tudo o que temos de semelhante e de diferente. Só poderemos construir um mundo melhor a partir da desconstrução de velhos paradigmas que obscurecem nosso pensamento e retardam nosso caminhar.
Quando falo de Luluzinhas ou Bolinhas, estou aqui me recordando da história em quadrinhos (gibi) que trazia “clubes” separados em meninas e meninos. Você se lembra do “clube da Luluzinha” e do “clube do Bolinha”? Pois é, nessas circunstâncias, os seres são antagônicos e disputam por territórios, defendem suas preferências e se mostram adversos uns para com os outros. Não há respeito pelas diferenças e decisões particulares, as vontades são coletivas, apesar de todos fazerem o que “o cabeça” do grupo decidiu, sem pesar ou medir consequências. Não há um consenso, há uma imposição.
Porém, havemos de reconhecer que nem sempre as pessoas se veem, se pensam ou se comportam dessa forma. Pessoas amadurecidas e aprimoradas pela vida e pelo Amor conseguem pensar e agir de maneira diferenciada. Até porque se sabem seres humanos passíveis de erros e falhas. Então, são mais compreensivas e complacentes com o outro, nosso próximo, e mais abertas ao diálogo e a tomadas de decisões efetivamente democráticas, ou seja, aquelas pelas quais haja uma distribuição equitativa dos poderes e nas quais as resoluções sejam tomadas pela maioria.
A inexperiência e a infantilidade levam uma pessoa ao extremo do egoísmo, ao amor-próprio nada saudável e à impressão de que, sabendo de tudo, ela é a “dona da verdade”. Preconceitos são o pior flagelo da humanidade e as pessoas que se desviam pela estrada dos conceitos pouco fundamentados não deixam de ser as inexperientes e infantis, que julgam pelas aparências e veem tudo pela superficialidade. Sem reflexão aprofundada dos fatos e/ou versões, acharemos sempre que ou somos todos iguais, gerando aquelas frases feitas (imagens desgastadas), proferidas “à queima-roupa”: “Homem é tudo igual!”, “Mãe, só muda de endereço”, etc.; ou que somos totalmente diferentes a ponto de não nos olharmos mais com compaixão e ternura e perdermos a vontade de nos consorciar e fazer o bem.
Algum dia, espero, chegaremos à maturidade ideal (se é que ela existe) e à compreensão real de que não somos Luluzinhas ou Bolinhas, mas mulheres e homens capazes de se enxergar na complexa dimensão do ser, com tudo o que somos e não somos ao mesmo tempo, com tudo o que temos de semelhante e de diferente. Só poderemos construir um mundo melhor a partir da desconstrução de velhos paradigmas que obscurecem nosso pensamento e retardam nosso caminhar.
JANICE MANSUR
Este texto foi publicado originalmente na COLUNA Conceitos & Preconceitos, no site www.niteroinegocios.com (durante o ano de 2010), que hoje não existe mais, porém guarda um link de redirecionamento na internet http://www.niteroinegocios.com/index.html
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