Postagens

Mostrando postagens de 2011

Poesia de um gênio: Calma aí

Imagem
Primeiro as coisas primeiras: Corações quebrados não colam assim, E cachaça nunca foi superbonder. Quando muito, você aprenderá Que pode sobreviver dos cacos, E talvez – eu disse talvez Consiga regenerar um novo coração A partir de um desses cacos, Como se fosse um rabo de lagartixa, Ou um braço de vampiro. Você tem que parar com essa mania feia De achar que as coisas vão dar certo. Não vão. Sequer as coisas vão dar, E não dá mais para você pensar Que o mundo é um lugar perfeito. Está mais do que na hora De tirar os óculos cor-de-rosa E se afundar no mundo cinza Que você ajudou a construir, Chafurdar nos pântanos do Senhor. Um dia – um dia qualquer, quem sabe Um estranho vai aparecer na tua mesa E perguntar se você tem fogo, Ou se sabe dançar, Ou perguntar que bicho deu hoje, sei lá, E você vai entender Que vida é fluxo, movimento, E que o rio tem que correr pro mar Senão vira água empoçada e valão. E só aí você vai ser feliz. Ponho esta poesia aqui

POESIA de um amigo: Procura

Meus sonhos estão destruídos novamente Não consigo ver o que há pela frente Tudo confuso e misterioso O desconhecido se torna perigoso Apesar disso vou andando, seguindo Em direção ao vento Procurando, indo Guiado pelo bom pensamento O coração me guia nesse caminho E uma força interna me conduz Vou pisando com cuidado e devagarinho Indo em direção a luz Adiante algo melhor eu acharei E por isso não desisto e não desistirei Atrás tem dor, sensação de aperto e mágoa Adiante a esperança, o novo, água Quero viver como único cada momento Esquecer toda angústia e sofrimento Em busca do amor e felicidade Apagar a crueldade e falsidade Se não conseguir chegar quero ter a certeza De ter lutado com nobreza E lá no fundo saber que não sou um fracassado Pelo simples e puro fato de ter tentado Alexandre Calladinni

ESAÚ E JACÓ: DISCURSO, POLIFONIA E DIALÉTICA

ESAÚ E JACÓ: DISCURSO, POLIFONIA E DIALÉTICA O link mencionado como introdução é o ensaio publicado originalmente na página da revista** citada abaixo. Janice Mansur* RESUMO: Neste trabalho, vamos analisar o narrador e as personagens machadianas a fim de observar o movimento dialético que perpassa toda obra, percebendo, ainda, as nuances em que a duplicidade e a multiplicidade de vozes se imbricam no romance Esaú e Jacó. Assim, trabalhando com análise do discurso de Mikhail Bahktin e seus conceitos de polifonia e dialogismo, exploraremos, principalmente, a plasticidade estética na criação desta obra-prima do Bruxo do Cosme Velho, no que ele nos traz de mais atual. PALAVRAS-CHAVE: Polifonia. Análise do Discurso. Machado de Assis. ABSTRACT: This work aims to analyze the narrator and typical characters of Machado de Assis in order to observe the dialectic movement that is present in his whole work, noticing how duplicity and multiplicity of voices are interconnected in the roma

Introdução

Imagem

Luluzinhas ou Bolinhas?

  Às vezes, chego à conclusão de que nós, homens e mulheres, somos muito parecidos. Não quero com essa afirmação generalizar, pois, em contrapartida, sabemos que somos pessoas bastante diferentes dependendo de questões biológicas, educacionais, psíquicas, culturais, etc. Entretanto, deveríamos entender também que não somos compostos por dois blocos sólidos e distintos: Luluzinhas ou Bolinhas, aos quais algumas teorias tentam nos reduzir. Quando falo de Luluzinhas ou Bolinhas, estou aqui me recordando da história em quadrinhos (gibi) que trazia “clubes” separados em meninas e meninos. Você se lembra do “clube da Luluzinha” e do “clube do Bolinha”? Pois é, nessas circunstâncias, os seres são antagônicos e disputam por territórios, defendem suas preferências e se mostram adversos uns para com os outros. Não há respeito pelas diferenças e decisões particulares, as vontades são coletivas, apesar de todos fazerem o que “o cabeça” do grupo decidiu, sem pesar ou medir consequências. Não há u